O Vasco da Gama confirmou nesta semana a venda do zagueiro João Victor ao CSKA Moscou, da Rússia. A negociação, que vinha sendo discutida há alguns dias, foi concluída com valores que giram em torno de 4,5 milhões de euros. Assim, o clube carioca coloca um ponto final na passagem de um jogador que, apesar do investimento alto, não conseguiu corresponder às expectativas criadas no momento de sua chegada.
Valores e cláusulas da negociação
Segundo informações apuradas, o Vasco receberá o montante de forma parcelada, mas garantiu um ponto estratégico no acordo: manteve 25 % dos direitos econômicos de João Victor para uma venda futura. Essa cláusula pode se transformar em receita importante caso o atleta se valorize no futebol europeu.
Além disso, a transação traz alívio às finanças do clube, que busca reestruturar a folha salarial e corrigir erros de contratações feitas em 2024. Ao mesmo tempo, a diretoria já trabalha para encontrar um substituto capaz de reforçar a defesa.
Investimento inicial e desempenho
João Victor foi a primeira contratação da gestão Alexandre Mattos com aporte da 777 Partners, no início de 2024. Na época, o Vasco desembolsou cerca de 6 milhões de euros, valor que poderia chegar a 8 milhões caso a equipe permanecesse na Série A. O zagueiro foi apresentado como peça fundamental para liderar o sistema defensivo, mas a trajetória foi marcada por irregularidade.
Na temporada de 2024, ele disputou 37 partidas, recebeu 12 cartões amarelos e 4 vermelhos, e ainda sofreu uma lesão no ligamento colateral do joelho, que o afastou de nove jogos. Em campo, alternou boas atuações com falhas decisivas, o que alimentou críticas de torcedores e da imprensa especializada.
Pressão e desgaste no ambiente
A relação de João Victor com a torcida foi se desgastando ao longo do tempo. Os protestos aumentaram diante de falhas em jogos importantes, e o ambiente se tornou cada vez mais hostil. Apesar disso, tanto o técnico quanto a diretoria afirmaram que o jogador não pediu para sair.
O diretor de futebol, Admar Lopes, declarou que a decisão foi estratégica: “Não houve solicitação de saída por parte dele, mas entendemos que a proposta era interessante e que poderíamos nos beneficiar financeiramente no futuro”.
Impacto no elenco e mercado de reposição
A saída de João Victor deixa o setor defensivo com menos opções. Assim, o Vasco já monitora alternativas no mercado. Um dos nomes mais comentados é o do colombiano Carlos Cuesta, atualmente no Galatasaray. Outro jogador observado é o brasileiro Rafael Toloi, ex-Atalanta. Ambos se encaixam no perfil buscado: atletas experientes e com histórico de liderança.
A diretoria pretende agir com cautela, evitando repetir investimentos de alto custo que não gerem retorno esportivo. O objetivo é equilibrar a qualidade técnica com a viabilidade financeira.
Contexto financeiro e lições da gestão
A venda de João Victor é vista internamente como parte de um processo de correção de rumos. Em 2024, o Vasco investiu aproximadamente R$ 130 milhões em nove reforços, mas apenas o atacante David conseguiu se firmar. As demais contratações, incluindo a de João Victor, ficaram aquém do esperado.
Portanto, a SAF entende que precisa melhorar o mapeamento de mercado e adotar critérios mais rígidos na escolha dos jogadores. Ao mesmo tempo, busca usar o caixa proveniente de vendas para quitar dívidas e investir em posições carentes.
Projeções para o futuro
A transferência abre espaço para novos arranjos na zaga e oferece ao clube a chance de reequilibrar as contas. Com o Beira-Rio no horizonte para partidas decisivas e o Brasileirão em andamento, o Vasco sabe que precisa de solidez defensiva para não comprometer seus objetivos na temporada.
Assim, a diretoria trabalha para concluir uma reposição antes do fechamento da janela. Ao mesmo tempo, mantém a expectativa de que a cláusula de 25 % possa render ganhos significativos no médio prazo, caso João Victor se destaque no futebol russo.
Resumo da negociação
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Valor da venda: 4,5 milhões de euros
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Cláusula: 25 % dos direitos econômicos em futura transferência
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Investimento original: 6 a 8 milhões de euros em 2024
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Números no Vasco: 37 jogos, 4 vermelhos, 12 amarelos
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Motivo da saída: proposta financeira considerada vantajosa e desgaste com a torcida
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Reposição: monitoramento de Carlos Cuesta e Rafael Toloi