Reunião define rumos da reforma de São Januário

No dia 7 de agosto de 2025, o Conselho Consultivo da Operação Urbana Consorciada (OUC) se reuniu na Prefeitura do Rio de Janeiro. A Reunião define rumos da reforma de São Januário durante o encontro, portanto, marcou mais um passo decisivo no processo de modernização de São Januário. Estiveram presentes representantes do Vasco, da Prefeitura e da comunidade, reforçando o caráter participativo do projeto.

Obras por etapas: benefícios e limites

Durante a reunião, o grupo discutiu a possibilidade de dividir as obras em fases.
Segundo o comunicado do clube, “essa alternativa permitiria que o Vasco siga jogando no Caldeirão durante a reforma”.
Assim, no Campeonato Carioca, a capacidade seria de até 6 mil torcedores, garantindo que parte da torcida acompanhe os jogos.
No entanto, no Campeonato Brasileiro, a ideia se torna inviável, já que a CBF exige mínimo de 10 mil lugares por partida.
Dessa forma, o clube teria que recorrer ao Maracanã para cumprir a exigência, caso opte por obras fracionadas.

Impacto no calendário e na logística

Por um lado, executar a obra em etapas ajudaria a manter o vínculo da torcida com o estádio.
Por outro, essa escolha poderia estender o cronograma e aumentar os custos operacionais.
Além disso, seria necessário adaptar a logística de treinos e jogos, o que exige planejamento cuidadoso.
Por isso, dirigentes e técnicos avaliarão se o modelo é realmente viável tanto financeiramente quanto em termos de experiência para o torcedor.

Recursos dependem do potencial construtivo

Entretanto, antes de qualquer obra, o clube precisa garantir os recursos necessários.
Para isso, conta com a venda do potencial construtivo, um instrumento legal que permite captar investimentos sem alterar a sede.
O Vasco já assinou duas promessas de compra desse ativo, e os compradores têm até meados de setembro para exercer a opção.
Portanto, a conclusão desse negócio é condição fundamental para viabilizar financeiramente o projeto.

SPE: o passo que falta

Outro ponto central é a formalização da Sociedade de Propósito Específico (SPE), que administrará toda a obra.
Essa empresa será responsável por receber e aplicar os recursos captados.
Segundo o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder:

“Faltando agora só formalizar a SPE para dar mais um passo adiante.”
Com a SPE pronta, a tramitação junto aos órgãos públicos poderá avançar de forma mais rápida e organizada.

Prefeitura reforça apoio ao projeto

Vale lembrar que, no dia anterior, 6 de agosto, o Conselho Consultivo já havia se reunido na sede da Prefeitura.
Nessa ocasião, Schleder reafirmou o compromisso do Executivo municipal:

“O Vasco já foi ao mercado e conseguiu investidores. Agora, nossa prioridade será acelerar o processo após a formalização da SPE.”
Assim, fica claro que o clube conta com respaldo político e institucional para seguir em frente.

Objetivos da OUC

A OUC, aprovada pela Câmara Municipal, busca modernizar o estádio preservando sua fachada histórica.
Além disso, pretende revitalizar o entorno, gerar desenvolvimento econômico e integrar a comunidade da Barreira do Vasco.
Com isso, o projeto vai além da esfera esportiva, impactando positivamente a vida local e o patrimônio cultural da cidade.

Próximos passos

Com base nas discussões, os encaminhamentos foram claros:

  • Decidir sobre a execução por etapas e suas implicações no calendário.

  • Formalizar a SPE o quanto antes.

  • Concluir a venda do potencial construtivo até setembro.

  • Iniciar a fase de licenciamento para a obra.

Caso esses pontos avancem, a expectativa é começar a reforma ainda em 2025 e concluir até 2027, coincidindo com o centenário de São Januário.

Torcida aguarda com expectativa

A torcida vascaína, por sua vez, acompanha com esperança cada atualização do projeto.
De acordo com Renato Brito, vice-presidente do clube:

“Só tem obra se tiver dinheiro… São opções com prazo até 15 de setembro… trabalhamos para começar em janeiro.”
Assim, a concretização desses próximos passos será decisiva para transformar São Januário em um estádio moderno, sem perder a essência que o tornou o “Caldeirão”.

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